Crónica escrita por Claudiu Vancea ([email protected])
Face ao aumento da inflação e, por conseguinte, à redução do poder de compra da população, dado que os salários e as pensões não acompanham o aumento da inflação, o principal alvo desta medida reverteu-se sobre os pensionistas que sentem o impacto do aumento do custo de vida.
Nesse sentido, o Governo aprovou o aumento intercalar das pensões a partir de julho, no valor de 3,57%, face ao valor de dezembro de 2022, traduzindo-se na regularização das pensões face à atualidade vivida. O primeiro-ministro assegurou que em 2024 os pensionistas não terão perdido poder de compra dado que o aumento do próximo ano será calculado tendo por base o valor da pensão depois do aumento intercalar. Este aumento aplicar-se-á a todas as pensões até 5.765,16 euros e os pensionistas que se reformaram em 2022 também irão usufruir deste aumento.
Motivos que impulsionaram a medida:
- A grande razão para o aumento das pensões assenta na estabilidade da Segurança Social;
- O aumento da população ativa (5,2 milhões de trabalhadores) – o que significa que o emprego aumentou;
- O aumento das contribuições regulares para a Segurança Social (4,9 milhões de trabalhadores);
- O Estado apresentou mais receita do que o previsto e o crescimento da economia foi superior ao previsto.
Apesar das circunstâncias atuais, esta medida é um indício de que a economia portuguesa está em crescimento e de que existe capacidade para apoiar as famílias e, neste caso, os pensionistas. Esta medida irá custar 580 milhões de euros no ano de 2023 ao Estado e mais de mil milhões de euros por ano de 2024 em diante.